Pelas próximas duas semanas representantes de 200 países se reunirão diariamente em Sharm El Sheikh, no Egito, durante a COP 27, conferência sobre clima criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para discutirem e aplicarem medidas de contenção contra o aumento do aquecimento global.

A COP 27, na realidade, é um espaço onde os governos, cientistas e membros da sociedade civil debatem a realidade climática do planeta e desenvolvem uma agenda com objetivos a serem seguidos. Cabe aos países participantes, no entanto, comprometerem-se em alcançar os objetivos definidos na conferência.

O objetivo da COP 27  neste ano é acelerar o cumprimento das ações pró-clima já discutidas na última conferência, em Gaslow/2021, como a mudança do combustível fóssil para uma alternativa limpa e a ajuda financeira para que os países em desenvolvimento diminuam a emissão de gases poluentes.

Contudo, apesar dos esforços da ONU em conscientizar os governos e a população mundial sobre os riscos eminentes do aumento da temperatura na Terra, o planeta ainda se mantém em uma zona de risco extremo, à beira de um caos climático.

Alerta da ONU para o aquecimento global

Nesta segunda-feira (7/11/2022), segundo dia da COP 27, o secretário-geral da ONU, António Guterres alertou: “Estamos na luta de nossas vidas. E estamos perdendo. As emissões de gases de efeito estufa continuam crescendo. As temperaturas globais continuam subindo. E nosso planeta está se aproximando rapidamente de pontos de inflexão que tornarão o caos climático irreversível”.

O discurso do secretário geral é muito sério, já que, ao alcançar os pontos de inflexão, a humanidade terá que lidar de forma irreversível com diversos problemas, como:

• Aumento do nível do oceano e a inundação das litorâneas;
• Maior insegurança alimentar no mundo oriundo de secas e tempestades mais severas;
• Os países mais pobres sofrerão cada vez mais com a desigualdade social e a fome;
• Colocará em risco grande parte da biodiversidade do planeta Terra.

Além disso, outra grande preocupação de Guteres é o não cumprimento dos objetivos ambientais elaborados nos ano anteriores, principalmente pelos países mais ricos. O Fundo Verde do Clima, por exemplo, conta com um terço dos recursos prometidos e as metas de redução de CO2 lançado na atmosfera não foram atingidos.

Ainda, há a apreensão de que o conflito emergente entre Estados Unidos e China possa atrapalhar o cumprimento dos acordos realizados na COP 27, já que esses países tem um papel central na questão do aumento da temperatura global.

Porque a reciclagem é imprescindível para os objetivos da COP 27?

Apesar da COP 27 ser uma conferência global sobre o clima, o evento envolve apenas pesquisadores e integrantes de governos. No entanto a divulgação da cúpula cria um ambiente favorável para a disseminação da reciclagem, um meio mais fácil  da população contribuir com o meio ambiente e evitar o aumento da temperatura global.

Com a reciclagem evitamos que novas matérias-primas sejam industrializadas de forma desnecessária, diminuindo também a emissão dos gases poluentes. Além disso, a reciclagem nos força a criar um senso crítico sobre a geração do lixo residencial e faz a gente compreender como nossos hábitos afetam diretamente o meio ambiente.

Portanto, a reciclagem nos faz lidar com o planeta Terra de uma forma mais racional. Desenvolvemos, assim, um ciclo que cada vez mais protege a natureza e é eficaz para a sustentação de uma temperatura sustentável para a natureza.

Reciclagem do óleo de cozinha usado também contribui para reter o avanço do aquecimento global

Como já foi dito, a reciclagem é considerada uma das principais soluções para a contenção do aquecimento global. Quando estudamos esse assunto sob a ótica do óleo de cozinha usado, é possível visualizar o quanto essa ação é benéfica para o meio ambiente.

A cada litro de óleo de cozinha usado reciclado, aproximadamente 12 kg de CO2e não são expelidos na atmosfera. Ao aumentar o número de litros para 40 mil, a quantidade de gases chega a 520 mil quilos, equivalente a 1.400 carros populares circulando pelas cidades durante 1 mês.

Os gases do efeito estufa oriundos do óleo de cozinha usado são criados  por bactérias que atuam no processo de decomposição desse resíduo, que tem início quando descartado de forma incorreta na natureza.

Outro ponto positivo para a reciclagem do óleo de cozinha usado é que ele pode ser transformado em biodiesel, usado principalmente em caminhões. Esse combustível libera até 78% menos dióxido de carbono que a gasolina, além de ser uma fonte renovável que não prejudica a natureza.

Vamos fazer a nossa parte!

A preocupação da ONU sobre o risco eminente do planeta atingir os pontos de inflexão por conta da negligência dos países é um fato realmente preocupante. Além de mostrar que os líderes mundiais não estão comprometidos com essa agenda, é um sinal de que a população também ainda não está atenda a esse tipo de problema, mesmo que já sofra as consequências do aquecimento global.

Existe uma resistência de parte da liderança mundial em lidar com as questões climáticas, pois isso implica também na redução da economia e do desenvolvimento industrial dos países. Por isso é importante que os representantes dos países presentes na COP 27 coloquem toda a complexidade desse assunto na balança.

Enquanto os líderes não chegam a uma agenda que mude o panorama do aquecimento global, cabe a nós (população) mudar nossos hábitos, fazer a nossa parte. Vamos reciclar, cuidar da nossa natureza. Assim, podemos ajudar na transformação do nosso planeta para um ambiente mais sustentável.